31 de dezembro de 2015

ANO NOVO COM GRANDES EVENTOS, ISSO É BOM PARA OS PEQUENOS COMÉRCIOS

Estamos apagando as luzes de 2015 e para muitos foi um ano conturbado financeiramente, desemprego e crise das mais diversas ordens política, administrativa e social.
Devemos aproveitar as boas experiências de 2015 e melhorá-las em 2016 já que neste ano teremos no Brasil, mais especificamente na cidade do Rio de Janeiro um evento de proporções mundiais que é as Olimpíadas e com isso milhões de pessoas se deslocarão pelo país e isso pode e com certeza vai gerar boas oportunidades de negócios para praticamente todas as atividades comerciais.
Além das Olimpíadas teremos também uma eleição que será definida na cidade de cada um ou seja no município e novamente teremos também boas oportunidades de negócios quer sejam na área de eventos ou mesmo de materiais de divulgação e isso não pode deixar de ser levado em conta.
Então que venha 2016 e com ele bons negócios para todos e principalmente aos pequenos comércios pois é lá que a comunidade convive e compra.
Grande abraço a todos.
Paulo Coelho

20 de dezembro de 2015

NESTE NATAL COMPRE NOS PEQUENOS COMÉRCIOS

Nesta época do ano muitas pessoas se programam para comprar vários presentes para as comemorações de fim de ano nas empresas e também pelo hábito de se presentear no Natal, isso poderia ser pensado de uma forma diferente se algumas pessoas resolvessem comprar localmente e também em pequenos comércios.
Como a variedade de presentes é bem grande simplesmente pelo hábito de dar presente no Natal podemos utilizar a nossa criatividade ao fazer a escolha por determinado presente que vamos dar e com isso entra o Artesanato popular, as docerias de bairro, as lojas de presente, roupas, calçados alimentos, bebidas enfim uma grande quantidade opções.
Comprando localmente, estamos favorecendo diretamente as pessoas do local em que vivemos e isso cria uma rede de solidariedade e reinvestimentos do lucro no próprio lugar, se não for no bairro pode ser em outro bairro na cidade ou no estado. O importante é sempre que possível consumir localmente, tendo em vista que as grandes redes mercadistas, até chegam as vezes oferecer produtos de preços mais acessíveis, mas uma coisa é certa o lucro dessas empresas que além de sufocarem bons projetos de empreendedorismo local nuca se saberá para onde vai já que normalmente é diluído à acionistas da bolsa de valores,
Hoje por exemplo entrei em uma loja de artesanato na Praia da Pinheira que é um encanto só, um casal de pessoas já entrando pra uma idade mais avançada produzem peças lindíssimas e exclusivas e por um preço bem acessível que pode muito bem servir de presentes nesse Natal. Então para que favorecer a criação de empregos na China se podemos adquirir muitos produtos por substituição de fabricação local?
Acredito que muito ainda possa ser feito para valorizar e incentivar o comércio local, mesmo o SEBRAE tendo criado um dia nacional com essa finalidade que é no mês de outubro, ainda temos todos os demais dias do ano para pensar e agir localmente.
Se no seu bairro tem somente supermercado de grandes redes ao invés de mercados menores mesmo assim consuma localmente pois com certeza eles vão estar empregando vários vizinhos seus e da mesma região que serão consumidores locais de salão de beleza, posto de gasolina, loja de material de construção, produtos alimentícios, produtos de catálogos enfim sempre há uma forma de o consumo local beneficiar pequenos empreendedores.
Então ao fazer suas compras ou dar sugestão de presente procure pensar no assunto quanto à consumir  localmente, todos saem beneficiados.
Grande abraço e boas festas a todos.
Paulo Coelho - 20/12/2015.


                                                       Marinho Arts - Praia da Pinheira - Palhoça - SC - Foto: Sandra Coelho

5 de dezembro de 2015

Vendas e Vendeiros por Edson Osni Ramos - Profº Cebola


Após um longo período sem publicar nada nesse espaço devido a vários compromissos principalmente com o término da minha faculdade onde estou me graduando em História, vou aqui postar esse depoimento sobre as "Vendas e seus Vendeiros" que o Professor Edson Osni Ramos (Cebola) me deu para que eu usasse no meu TCC que teve o seguinte titulo: Vendas e Vendeiros: um estudo sobre o pequeno comércio de Florianópolis período 1960-80.
Achei o texto bem adequado para ser publicado nesse espaço que tem por finalidade falar sobre os pequenos comércios.
Um Abraço a todos.
Paulo Coelho

Vendas
Edson Osni Ramos, membro da Academia São José de Letras.

Ontem, quinta feira da semana da páscoa, estávamos vindo para Rancho Queimado quando passamos em um supermercado, para as compras de última hora: mais uma caixa de cerveja, claro, que “leite de cabra” sempre é necessário, material de limpeza, mais um pouco de carvão, pão e outras coisas mais.
Tudo que pretendíamos comprar tinha à nossa disposição, e pudemos escolher os produtos e colocá-los no carrinho.
Depois, enquanto subíamos a serra, em meio a uma noite de lua belíssima e àquele ambiente de tranquilidade que a gente só encontra quando se está em meio às pessoas que amamos, que nos guiava tal qual a Estrela de David guiou os reis magos em tempos imemoriais, fiquei pensando: “Meu Deus, como era na época em que meus pais eram jovens?”
Claro que não existiam os supermercados, os conglomerados de atendimento ao público de hoje. Para abastecer as populações, dependia-se dos chamados “armazéns de secos e molhados”, que existiam apenas nas grandes cidades. E, no interiorzão, das “vendas” (os nomes variavam: vendas, bolichos, botecos, etc. - Para nós, no litoral de Santa Catarina, eram “vendas” mesmo).
Lembro-me da Ponta de Baixo, em São José, SC, da minha infância.O mundo da pequena comunidade, cheia de olarias de louças de barro e de pescadores artesanais, girava em volta da “venda”. Na realidade, sempre havia mais de uma, mas uma sempre monopolizava as atenções e a clientela. E isso não era apenas em nossa comunidade, era comum em todas as comunidades da época.
Na venda comprava-se o arroz e o feijão, o leite em pó e o café, a farinha de trigo e a de mandioca. O sal e o açúcar. O pão e a felicidade. Pelo menos, assim achávamos!
Na venda ouvíamos as últimas notícias, as novidades, as coisas que estavam ocorrendo no mundo. Na venda sempre havia um aparelho de rádio, que não tinha em todas as casas. Depois, o receptor de TV, uma novidade absoluta na região.
O dono da venda era o senhor acima do bem e do mal, pois as pessoas dependiam de sua benevolência. Comprava-se na “caderneta”, ou seja, a crediário. Nela se anotavam as compras todas, que eram pagas semanalmente, ou mensalmente, dependendo da situação do cliente e/ou do proprietário da “venda”.
A coisa mais nociva que poderia acontecer com uma família da região era ficar “de mal” com o dono da venda.
Lembro-me dos proprietários da venda de nossa comunidade. Da senhora, lembro com carinho, do senhor, não. Achava-o (e ainda acho, embora ele já tenha se ido há muito) um ser arrogante, que se achava superior aos demais. Que tratava mal àqueles dos quais dependia, pois se os clientes migrassem para outro estabelecimento, ele conheceria a ruína, como de fato ocorreu tempos depois.
Mas, dependíamos da venda, dos produtos que ali se encontrassem. E se alguém quisesse algo que não tinha à venda, era tachado de “bobo”, de alguém que queria “aparecer”, desejando algo diferente daquilo que “todos” compravam.
Lembro que a venda era o lugar dos “encontros sociais” dos homens da comunidade. Todos os dias, após faina diária e a chegada em casa, nem sempre amistosa com a esposa e os familiares, o homem da casa jantava e, depois, ia para a“venda”, para “jogar sinuca”, “dominó” ou similar e ficar conversando com os demais. Invariavelmente acompanhado de um “copo de cana”, ou seja, de cachaça (aguardente) que era para “esquentar” ou “refrigerar”, dependendo do clima na ocasião. Somente depois voltavam para casa, para dormir. Já então, muitas vezes, sob efeito de “algo a mais” que fazia com que ficassem mais ou menos tempestuosos em relação aos familiares.
E se não fossem para a venda, fatalmente seriam tachados de “mandados pela mulher”, algo considerado de significado ruim, em relação à maneira de viver da ocasião.
É assim que me lembro das vendas de minha infância, de ambientes necessários à nossa comunidade, mas também de ambientes dirigidos por pessoas que nem sempre eram positivas em relação às pessoas que ali conviviam.
Mas, sejamos coerentes, se não fossem as “vendas” e aos empreendedores que as criavam, as pequenas comunidades de nossa região não teriam condições alguma de sobrevivência, pois estavam completamente órfãos do poder público, sujeitas às próprias carências e dificuldades.