FEIRAS LIVRES
ACOMPANHANDO A HUMANIDADE – (Paulo Coelho)
Se tem um tema relativo ao comercio,
que envolve os humanos por milênios e me fascina muito inclusive é citado na
Bíblia e em praticamente em todas as culturas são as feiras livres, local esse
que ao longo dos tempos serviu de ambiente para as sociabilidades, e também recebimento
de notícias.
A feira livre abre a oportunidade
para que os pequenos comerciantes que não tenham um comércio estático e de
portas abertas com horário para abrir e fechar, possam trazer seus produtos e
montarem as suas barracas praticamente em “qualquer” lugar. Isso não quer dizer
que as feiras livres sejam uma terra de ninguém tendo em vista que atualmente
todas as feiras são reguladas pelas municipalidades.
O ambiente normalmente em espaço
aberto e onde os feirantes se confinam em pequenos locais nas suas barracas as
vezes ocupado por vários integrantes da mesma família, permite que os mesmos
tenham técnicas próprias de divulgação e apregoam os seus produtos de acordo
com as qualidades e também seus possíveis usos.
Ir à feira ou fazer a feira é
encontro com nossas raízes mais ancestrais, desde os períodos mais remotos onde
o escambo era, a moeda corrente, ou seja, a troca também foi utilizada como meio
de comércio e dava a tônica aos comércios nas feiras livres também.
Hoje muitas das feiras livres, estão
um tanto quanto modernizadas e não vendem somente produtos de origem rural e
camponesa como antigamente, são verdadeiras “delicatessen” ou seja, locais de venda de produtos mais
sofisticados destinados a um público bem específico. E hoje em várias barracas
praticamente não temos mais o uso da moeda ou dinheiro vivo como forma de pagamento
e sim cartões de crédito ou débito em suas mais variadas forma de uso.
Mesmo com a evolução dos
supermercados, e o comércio por meio eletrônico com delliveri, ainda é crescente o número de comunidades mesmo que em
grandes centros urbanos e próximos a bairros ditos como “nobres” as feiras
livres se fazem presentes, até pelo nível de personalização que elas permitem.
Com esse sistema o cliente não fica restrito as embalagens e quantidades pré - ofertadas
pelos grandes mercados e tem sempre produtos frescos e na quantidade que bem
desejarem.
A minha origem camponesa e também
de filho de pequeno comerciante me permite conversar com os leitores sobre o
assunto tendo em vista que um pequeno comércio que o meu PAI criou a mais de 50
anos e local esse que serviu para todo o sustento dos seus seis filhos, até
hoje ainda se mantém aberto sendo conduzido por um irmão que não seguiu a
carreira de trabalhador em empresas ou de governos.
Grande abraço à todos.
Paulo Coelho – Administrador e
Bacharel e Licenciado em História.
Florianópolis – SC 24/03/2021
Excelente texto, Paulo! e realmente, uma prática que se sustenta até hoje.
ResponderExcluirSim e esse movimento de ir a feira é principalmente a venda de Produtos Orgânicos tem sido importante para que essa atividade não venha a desaparecer.
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