31 de dezembro de 2015

ANO NOVO COM GRANDES EVENTOS, ISSO É BOM PARA OS PEQUENOS COMÉRCIOS

Estamos apagando as luzes de 2015 e para muitos foi um ano conturbado financeiramente, desemprego e crise das mais diversas ordens política, administrativa e social.
Devemos aproveitar as boas experiências de 2015 e melhorá-las em 2016 já que neste ano teremos no Brasil, mais especificamente na cidade do Rio de Janeiro um evento de proporções mundiais que é as Olimpíadas e com isso milhões de pessoas se deslocarão pelo país e isso pode e com certeza vai gerar boas oportunidades de negócios para praticamente todas as atividades comerciais.
Além das Olimpíadas teremos também uma eleição que será definida na cidade de cada um ou seja no município e novamente teremos também boas oportunidades de negócios quer sejam na área de eventos ou mesmo de materiais de divulgação e isso não pode deixar de ser levado em conta.
Então que venha 2016 e com ele bons negócios para todos e principalmente aos pequenos comércios pois é lá que a comunidade convive e compra.
Grande abraço a todos.
Paulo Coelho

20 de dezembro de 2015

NESTE NATAL COMPRE NOS PEQUENOS COMÉRCIOS

Nesta época do ano muitas pessoas se programam para comprar vários presentes para as comemorações de fim de ano nas empresas e também pelo hábito de se presentear no Natal, isso poderia ser pensado de uma forma diferente se algumas pessoas resolvessem comprar localmente e também em pequenos comércios.
Como a variedade de presentes é bem grande simplesmente pelo hábito de dar presente no Natal podemos utilizar a nossa criatividade ao fazer a escolha por determinado presente que vamos dar e com isso entra o Artesanato popular, as docerias de bairro, as lojas de presente, roupas, calçados alimentos, bebidas enfim uma grande quantidade opções.
Comprando localmente, estamos favorecendo diretamente as pessoas do local em que vivemos e isso cria uma rede de solidariedade e reinvestimentos do lucro no próprio lugar, se não for no bairro pode ser em outro bairro na cidade ou no estado. O importante é sempre que possível consumir localmente, tendo em vista que as grandes redes mercadistas, até chegam as vezes oferecer produtos de preços mais acessíveis, mas uma coisa é certa o lucro dessas empresas que além de sufocarem bons projetos de empreendedorismo local nuca se saberá para onde vai já que normalmente é diluído à acionistas da bolsa de valores,
Hoje por exemplo entrei em uma loja de artesanato na Praia da Pinheira que é um encanto só, um casal de pessoas já entrando pra uma idade mais avançada produzem peças lindíssimas e exclusivas e por um preço bem acessível que pode muito bem servir de presentes nesse Natal. Então para que favorecer a criação de empregos na China se podemos adquirir muitos produtos por substituição de fabricação local?
Acredito que muito ainda possa ser feito para valorizar e incentivar o comércio local, mesmo o SEBRAE tendo criado um dia nacional com essa finalidade que é no mês de outubro, ainda temos todos os demais dias do ano para pensar e agir localmente.
Se no seu bairro tem somente supermercado de grandes redes ao invés de mercados menores mesmo assim consuma localmente pois com certeza eles vão estar empregando vários vizinhos seus e da mesma região que serão consumidores locais de salão de beleza, posto de gasolina, loja de material de construção, produtos alimentícios, produtos de catálogos enfim sempre há uma forma de o consumo local beneficiar pequenos empreendedores.
Então ao fazer suas compras ou dar sugestão de presente procure pensar no assunto quanto à consumir  localmente, todos saem beneficiados.
Grande abraço e boas festas a todos.
Paulo Coelho - 20/12/2015.


                                                       Marinho Arts - Praia da Pinheira - Palhoça - SC - Foto: Sandra Coelho

5 de dezembro de 2015

Vendas e Vendeiros por Edson Osni Ramos - Profº Cebola


Após um longo período sem publicar nada nesse espaço devido a vários compromissos principalmente com o término da minha faculdade onde estou me graduando em História, vou aqui postar esse depoimento sobre as "Vendas e seus Vendeiros" que o Professor Edson Osni Ramos (Cebola) me deu para que eu usasse no meu TCC que teve o seguinte titulo: Vendas e Vendeiros: um estudo sobre o pequeno comércio de Florianópolis período 1960-80.
Achei o texto bem adequado para ser publicado nesse espaço que tem por finalidade falar sobre os pequenos comércios.
Um Abraço a todos.
Paulo Coelho

Vendas
Edson Osni Ramos, membro da Academia São José de Letras.

Ontem, quinta feira da semana da páscoa, estávamos vindo para Rancho Queimado quando passamos em um supermercado, para as compras de última hora: mais uma caixa de cerveja, claro, que “leite de cabra” sempre é necessário, material de limpeza, mais um pouco de carvão, pão e outras coisas mais.
Tudo que pretendíamos comprar tinha à nossa disposição, e pudemos escolher os produtos e colocá-los no carrinho.
Depois, enquanto subíamos a serra, em meio a uma noite de lua belíssima e àquele ambiente de tranquilidade que a gente só encontra quando se está em meio às pessoas que amamos, que nos guiava tal qual a Estrela de David guiou os reis magos em tempos imemoriais, fiquei pensando: “Meu Deus, como era na época em que meus pais eram jovens?”
Claro que não existiam os supermercados, os conglomerados de atendimento ao público de hoje. Para abastecer as populações, dependia-se dos chamados “armazéns de secos e molhados”, que existiam apenas nas grandes cidades. E, no interiorzão, das “vendas” (os nomes variavam: vendas, bolichos, botecos, etc. - Para nós, no litoral de Santa Catarina, eram “vendas” mesmo).
Lembro-me da Ponta de Baixo, em São José, SC, da minha infância.O mundo da pequena comunidade, cheia de olarias de louças de barro e de pescadores artesanais, girava em volta da “venda”. Na realidade, sempre havia mais de uma, mas uma sempre monopolizava as atenções e a clientela. E isso não era apenas em nossa comunidade, era comum em todas as comunidades da época.
Na venda comprava-se o arroz e o feijão, o leite em pó e o café, a farinha de trigo e a de mandioca. O sal e o açúcar. O pão e a felicidade. Pelo menos, assim achávamos!
Na venda ouvíamos as últimas notícias, as novidades, as coisas que estavam ocorrendo no mundo. Na venda sempre havia um aparelho de rádio, que não tinha em todas as casas. Depois, o receptor de TV, uma novidade absoluta na região.
O dono da venda era o senhor acima do bem e do mal, pois as pessoas dependiam de sua benevolência. Comprava-se na “caderneta”, ou seja, a crediário. Nela se anotavam as compras todas, que eram pagas semanalmente, ou mensalmente, dependendo da situação do cliente e/ou do proprietário da “venda”.
A coisa mais nociva que poderia acontecer com uma família da região era ficar “de mal” com o dono da venda.
Lembro-me dos proprietários da venda de nossa comunidade. Da senhora, lembro com carinho, do senhor, não. Achava-o (e ainda acho, embora ele já tenha se ido há muito) um ser arrogante, que se achava superior aos demais. Que tratava mal àqueles dos quais dependia, pois se os clientes migrassem para outro estabelecimento, ele conheceria a ruína, como de fato ocorreu tempos depois.
Mas, dependíamos da venda, dos produtos que ali se encontrassem. E se alguém quisesse algo que não tinha à venda, era tachado de “bobo”, de alguém que queria “aparecer”, desejando algo diferente daquilo que “todos” compravam.
Lembro que a venda era o lugar dos “encontros sociais” dos homens da comunidade. Todos os dias, após faina diária e a chegada em casa, nem sempre amistosa com a esposa e os familiares, o homem da casa jantava e, depois, ia para a“venda”, para “jogar sinuca”, “dominó” ou similar e ficar conversando com os demais. Invariavelmente acompanhado de um “copo de cana”, ou seja, de cachaça (aguardente) que era para “esquentar” ou “refrigerar”, dependendo do clima na ocasião. Somente depois voltavam para casa, para dormir. Já então, muitas vezes, sob efeito de “algo a mais” que fazia com que ficassem mais ou menos tempestuosos em relação aos familiares.
E se não fossem para a venda, fatalmente seriam tachados de “mandados pela mulher”, algo considerado de significado ruim, em relação à maneira de viver da ocasião.
É assim que me lembro das vendas de minha infância, de ambientes necessários à nossa comunidade, mas também de ambientes dirigidos por pessoas que nem sempre eram positivas em relação às pessoas que ali conviviam.
Mas, sejamos coerentes, se não fossem as “vendas” e aos empreendedores que as criavam, as pequenas comunidades de nossa região não teriam condições alguma de sobrevivência, pois estavam completamente órfãos do poder público, sujeitas às próprias carências e dificuldades.




27 de setembro de 2015

VENDAS E VENDEIROS O COMÉRCIO DOS PEQUENOS: PORQUE DEVEMOS INCENTIVAR E DIVULGAR OS PEQUENOS N...

VENDAS E VENDEIROS O COMÉRCIO DOS PEQUENOS: PORQUE DEVEMOS INCENTIVAR E DIVULGAR OS PEQUENOS N...: Já faz muito tempo que eu venho divulgando e comentando sobre os pequenos comércios, e isso ao meu modo de ver deve de ser uma política de ...

PORQUE DEVEMOS INCENTIVAR E DIVULGAR OS PEQUENOS NEGÓCIOS?

Já faz muito tempo que eu venho divulgando e comentando sobre os pequenos comércios, e isso ao meu modo de ver deve de ser uma política de governo também, até porque esses estabelecimentos são responsáveis por um grande número de empregos.
No caso mais específico de Santa Catarina os pequenos comércios são responsáveis por 98% de toda a atividade comercial e gerando um grande número de empregos, isso levado em conta inclusive aquelas pequenas empresas que se estabelecem também junto a centros mais sofisticados de compra como os Shoppings Centers que normalmente estão voltados à um público mais sofisticado.
Eu particularmente procuro incentivar o comércio de Bairro que é onde realmente as pessoas vivem e sendo assim o consumo local acaba beneficiando em primeiro lugar a própria comunidade onde ele está inserido, tendo em vista que gera empregos na comunidade e ainda os lucros acabam sendo reinvestidos direta ou indiretamente na comunidade na própria cadeia de consumo local.
Comércios populares como por exemplo os que ocorrem em feiras livres e eventos além dos tradicionais que já são ofertados nos bairros, são uma boa oportunidade para novos empreendedores começarem novos negócios, desde que tenham um produto confiável e com um preço relativamente justo. Eu pessoalmente tenho acompanhado nas três últimas semanas uma pastelaria que tem banca na Feira no Largo da Alfândega que oferece um produto que com certeza pode competir em termos de qualidade com produtos de grandes redes de Fast Food, mas com certeza para esse tipo de empreendedor deve de ser muito difícil de concorrer com o marketing agressivo dessas mega empresas que aqui se instalam baseadas em processos que já são sucesso no mundo todo como Burger King, Subway e Mac Donalds entre outras.
Consumir localmente é uma questão de cidadania e iguala as oportunidades de empreendedores em relação as grandes redes que aqui se instalam e acabam não deixando praticamente nada de retorno na comunidade até porque os salários são os piores possíveis tendo em vista que executivos muito bem pagos criam uma falsa sensação de progresso e ascenção profissional, coisa que muito raramente venha a existir.
Jovens acabam sendo empregados em Mega redes de Fast Foods como seu primeiro emprego e acabam tendo que cumprir metas inatingíveis de produção e se frustram com os baixos salários pagos por essas organizações e se tornam vítimas da alta rotatividade que imperam nesses ambientes de falsa alegria e satisfação profissional.
Uma forma de comércio de eventos que tem feito e bem frente as grandes redes de alimentação é o fenômeno do Food Truck que nada mais é do que criar uma empresa sobre um caminhão e se organizar com parceiros semelhantes e sair fazendo eventos gastronômicos em diversas cidades, sempre mantendo um clima de novidade.
Então aproveitando o evento que o SEBRAE organiza no próximo dia 05 de outubro, criando uma data nacional para o incentivo e consumo junto aos Pequenos Comércios eu digo que apoio e incentivo essa iniciativa.
Então vamos fazer a diferença e na próxima compra lembrar de um bom pequeno comércio que existe no seu bairro ou cidade e compre dele.


                                                                                     Fotos Sandra Coelho - Pastéis da Dany - Fpolis - 26/09/2015

23 de agosto de 2015

Comprar nos Pequenos Comércios ganha dia Nacional

Engraçado que todos os motivos que eu venho citando aqui nesse espaço demonstrando as vantagens de consumir localmente e principalmente nos pequenos comércios, agora ganha dia nacional promovido pelo SEBRAE e este dia será o dia 05 de outubro de 2015.
Conforme farto material publicitário na mídia e também na internet o incentivo ao consumo local entra em evidência e eu como estudioso e divulgador dessas práticas apoio totalmente essa campanha e hoje vou me restringir a divulgar o link e um recorte da pagina na internet.
Consuma localmente e faça com que o seu bairro  e sua cidade tenha uma melhor qualidade de vida para todos e esse dinheiro não vai para ser dividido entre acionistas de grandes grupos econômicos que normalmente nem são nacionais.

http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ufs/sc/noticias/Movimento-Compre-do-Pequeno-inicia-em-05-de-outubro

https://www.youtube.com/watch?v=w1kKmr2tETE

Recorte da página do Sebrae sobre o dia 05/10/2015 que disponibilizo nesse espaço.


Iniciativa do Sebrae incentiva a compra de micro e pequenos negócios para fortalecer a economia

Movimento Compre do Pequeno Negócio será realizado no dia 5 de outubro e visa estimular a população a concentrar o consumo em empresas de micro e pequeno porte
Em uma iniciativa inédita, o Sebrae Nacional lançou nessa quarta-feira, 5 de agosto, o Movimento Compre do Pequeno Negócio, que tem como objetivo estimular a sociedade a consumir produtos e serviços fornecidos por micro e pequenas empresas. A ação é liderada pelo Sebrae Nacional e executada em Santa Catarina pelo Sebrae/SC. Atualmente o Estado possui 400 mil pequenos negócios, entre microempreendedores individuais e micro e pequenas empresas. Juntos os pequenos negócios são responsáveis por R$62 bilhões do PIB do Estado.
“Há 42 anos, o Sebrae prepara o empreendedor para melhorar a gestão das empresas, para que elas se tornem mais eficientes e atendam melhor os consumidores. Agora é a primeira vez que fazemos um movimento para a sociedade, para que as pessoas percebam que ao comprar do pequeno, elas estão melhorando a sua cidade, gerando empregos e ajudando a economia”, destaca o Diretor Superintendente do Sebrae/SC, Carlos Guilherme Zigelli.
As micro e pequenas empresas são mais de 98% do total de empresas catarinenses, respondem por 35,1% do PIB no Estado e por 46% do total de empregos com carteira assinada – mais de 1 milhão de vagas.
O Movimento Compre do Pequeno Negócio estabeleceu o dia 5 de Outubro como data oficial, por se tratar do dia em que foi instituído o Estatuto da Micro e Pequena Empresa. A ação inclui um hotsite (www.compredopequeno.com.br) que enumera cinco razões para comprar dessas empresas:
1 – É perto da sua casa
2 – É responsável por 52% dos empregos formais
3 – O dinheiro fica no seu bairro
4 – O pequeno negócio desenvolve a comunidade
5 – Comprar do pequeno negócio é um ato transformador
No hotsite, os empreendedores também poderão cadastrar suas empresas para que o consumidor encontre os produtos e serviços que precisa perto de sua casa ou trabalho.
O Sebrae e instituições parceiras vão realizar uma semana de capacitação em todo o Brasil, de 21 a 26 de setembro, para preparar os empresários especialmente para o 5 de Outubro, com palestras, consultorias e orientações sobre controle de custos e atendimento ao cliente, por exemplo.
Para incentivar a participação no Movimento Compre do Pequeno Negócio haverá campanhas na mídia, nas redes sociais e a distribuição de kits gratuitos para que as pequenas empresas sejam facilmente identificadas pelos consumidores. “A expectativa é que o 5 de Outubro se torne uma data em que as pessoas preferencialmente comprem das micro e pequenas empresas e assim colaborem com o crescimento da economia brasileira”, ressalta Guilherme Zigelli. 
Eu apoio o consumo a partir dos pequenos negócios sempre.
Grande abraço,
Paulo Coelho - Florianópolis - SC
www.vendasevendeiros.blogspot.com

9 de agosto de 2015

MERCADO PÚBLICO DE FLORIANÓPOLIS 112 OPORTUNIDADES DE NÉGOCIOS

Nesta semana Florianópolis teve a reinauguração do seu Mercado Público, prédio centenário que já passou por inúmeras reformas mas nenhuma tão grande, custosa e radical quanto a esta. Uma licitação quanto ao uso desse espaço público foi realizada dando novas formas para que os seus boxes fossem utilizados criando alguns serviços a mais e excluindo outros que já tinham em excesso e segundo a Prefeitura Municipal de Florianópolis quando o mercado estiver funcionando plenamente serão 112 boxes oferecendo produtos e serviços dos mais diversos possíveis.
Com este espaço remodelado Florianópolis se insere naquele grupo de cidades que tem um mercado público a altura e necessidades da população pois em um espaço como este além de servir como um tradicional ponto de encontro e referência da cidade, também se torna um bom lugar para fazer negócios e comprar produtos bem específicos como artesanato local e pescados por exemplo.
Bares e restaurantes também foram contemplados e estes conseguem atrair um grande público para visitar, comprar e viver o mercado público e isso faz com que o entorno do mercado também se beneficie pois um grande número de pessoas passa a circular criando um bom circulo de negócios o que pode ser muito bom para vários pequenos empreendedores locais.
Atitudes dessas como a Prefeitura Municipal de Florianópolis realizou são louváveis e devem de ser incentivadas desde que todos os processos sejam os mais transparentes possíveis em toda a sua execução e implantação e pelo menos até o momento eu acredito que a cidade e seus pequenos comerciantes saíram ganhando e muito com este novo espaço de lazer e compras que acaba de ser entregue à comunidade de Florianópolis.



Mercado Público de Florianópolis primeiro fim de semana após a reinauguração.   Fotos Paulo Coelho 08/08/15

1 de agosto de 2015

BUSCH UMA LOJA QUE ATENDE DESDE O BRASIL IMPÉRIO EM FLORIANÓPOLIS

Hoje dia 01 de agosto de 2015, entrei em uma loja do centro de Florianópolis, especializada em produtos como tecidos, artigos para sapateiros, forrações, plásticos e demais produtos para artesanato  armarinhos e afins e ao entrar na loja notei a placa de entrada que diz "Desde 1880", então ao fazer o pagamento do produto comprado perguntei para a senhora do caixa se os atuais proprietários são descendentes dos fundadores e ela me disse que sim e já estão na quinta geração.
Isso para mim soou como música boa nos meus ouvidos pois ver que uma pequena loja no centro de Florianópolis possa estar atendendo desde quando o Brasil ainda era Império realmente me deixou bem feliz pois o comércio é uma paixão para mim e nesse caso a longevidade dessa empresa consegue extrapolar todos os limites de pessimismo que abre e fecha empresas como se fosse uma espécie de jogo qualquer, onde se não der certo começa novamente.
Imagina as mudanças que esta empresa possa ter presenciado em  relação a adaptação e atendimento ao cliente? A funcionária me falou que recentemente teve um evento onde a Prefeitura atribuía a loja como sendo a mais antiga loja em atividade na capital dos catarinenses e lá se vão 135 anos e com certeza isso deve de ser comemorado por aqueles que realmente gostam de pesquisar sobre empresas familiares, seu funcionamento e sua resistência e permanência em um mercado cada vez mais globalizado e impessoal.
Logo abaixo vou anexar um recorte da história dessa loja extraído diretamente do site da empresa na internet sem qualquer interferência de minha parte quanto o texto e imagens. Contudo informo que será de grande interesse meu conversar se possível com os atuais proprietários para entender como com tantas mudanças na forma de fazer comércio e de ofertar produtos, esta empresa conseguiu ser tão longeva.

HISTÓRICO DE BUSCH & CIA LTDA.

Corria o ano de 1880. A Capital da Província de Santa Catarina era pequena e modesta. Bem logo enfrentaria muitos problemas. Porém havia os que, ainda assim, nela acreditavam. Vinham eles de perto ou longe, do Brasil ou países distantes, em busca de uma vida melhor.
Por isso mesmo, para o final daquele ano, mais uma casa de comércio vinha se juntar às que procuravam ampliar o fornecimento de produtos e bens de consumo de todos os tipos aos habitantes da Vila de Nossa Senhora do Desterro.
Era Busch & Cia., firma inaugurada em 13 de outubro pelo imigrante alemão Wilhem “Guilherme” Busch, instalada à Rua Trajano, 12. Trabalhava com calçados, artigos para sapateiros e seleiros e oficina de conserto de sapatos. Já em fins da década de 80 do século XIX, vamos encontrá-la à rua Altino Corrêa, 14 (antiga rua do Comércio) atual rua Conselheiro Mafra, onde permanece até hoje.

Preocupação com o freguês

Atentos a tudo que se passava na capital da província, os proprietários continuavam buscando novas atrações para a freguesia, que se encontrava dentre os mais humildes aos mais representativos do Desterro. E se não há registro dos primeiros anos de atividade de Busch & Cia., já no Diário número 1, de dezembro de 1889( que até hoje a firma conserva) podem-se ver nomes de personalidades na vida comunitária e que logo integrariam, com destaque, a história de Santa Catarina.

Acompanhando a história

Ao longo destes anos a empresa vivenciou acontecimentos importantes no cenário local, nacional e internacional, como a Abolição da Escravatura em 1888, a Proclamação da República em 1889, a primeira guerra mundial de 1914 a 1918, a inauguração da ponte Hercílio Luz em 1926 ( que impulsionou a economia e o comércio insular florianopolitano ), a segunda guerra mundial de 1939 a 1945, e tantos outros que influenciaram e influenciam a economia como um todo







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25 de julho de 2015

FEIRA LIVRE OU SIMPLESMENTE FAZER A FEIRA

O tema que vou comentar hoje neste espaço são as feiras livres que durante séculos vem sendo um lugar de sociabilidade e de comércio, acredito que se tiver são muito poucas cidades no mundo que não  tenham alguma feira livre. Nas feiras podemos comprar uma grande variedade de produtos para as nossas mais diversas necessidades, mas as mais comuns são as voltadas aos gêneros alimentícios principalmente frutas e derivados de carne e também as voltadas ao artesanato de origem manual mas tem também aquelas que simplesmente revendem produtos manufaturados industrialmente.
Ir a feira é um ato de resistência as imposições do comércio com suas evoluções e tecnologias e regimes de embalagens sofisticadas pois na feira você compra somente a quantidade que quer do produto e pode voltar quase que todo dia ou toda a semana conforme seus hábitos de consumo.
Na feira vemos produtos expostos e vendidos a granel, como a quantidade que o feirante consegue trazer e devido a variedade de produtos à ser ofertado as vezes é grande então acabamos comprando produtos com uma boa qualidade e como diria a maioria das donas de casa que vão a feira são sempre "fresquinhos" e sem contar que alguns produtos somente encontramos na feira.
Hoje muitas feiras alocadas em centros urbanos perderam um pouco das características que em diversos livros são relatadas desde a idade média ou mais antigo ainda, conforme a linha de produtos oferecidos como derivados de carne já são obrigatórios balcões refrigerados para manter a qualidade sanitária desses produtos mas nem sempre foi assim.
Não mais que um século atrás em Paris ainda se comprava carne na feira embrulhada em jornal assim como hoje ainda é feito com o peixe e outros produtos laváveis. O feirante deve de cumprir com todas as regras que a municipalidade ou qualquer outro órgão regulador venha a exigir mas mesmo assim vai continuar sendo um negociante que por mais que a sociedade mude, ele vai ofertar produtos com qualidade mantendo uma tradição do comércio ao longo da história da humanidade.
Hoje mesmo dia 25 de julho de 2015 em pleno século XXI, quando fui a feira ainda estava observando a forma como são distribuídos os produtos nas mais diversas barracas que são permitidas pela Prefeitura Municipal de Florianópolis no Largo da Alfandega, e realmente é um encanto para os olhos pois as cores sobrepostas formam um conjunto simplesmente lindo de se ver.
Culturalmente as feiras são bens imateriais das cidades onde elas são montadas pois servem de referência geográfica, referência histórica e também demonstram que essa atividade pode conviver e bem com grandes redes mercadistas ou comércio eletrônico onde as entregas são efetuadas por deliveri ou seja compra pela internet e recebe em casa o produto. Mesmo com todas essas facilidades como explicar a resistência e preferência pelas feiras ainda?


                                                                           Fotos abaixo Feira em Florianópolis - SC 25/07/2015 Fotos Paulo Coelho






Sempre que possível dê preferência á esse tipo de comércio pois assim além de continuar uma tradição da nossa sociedade ainda estamos garantindo que inúmeros pequenos produtores tenham condições de se manterem no campo produzindo os principais itens que serão comercializados nas feiras e isso gera um círculo vicioso do bem para as comunidades ao qual estes estão inseridos.

18 de julho de 2015

PEQUENAS CERVEJARIAS UM BOM LUGAR PARA LAZER E NEGÓCIOS

Uma nova modalidade de comércio tem ganhado a simpatia de muitos adeptos de uma boa cerveja e também de um lugar para comer, beber e simplesmente conversar com os amigos. Estou falando das Micro e Pequenas cervejarias que tem se espalhado pelo Brasil e principalmente em Santa Catarina, que já tem até um roteiro turístico no Vale do Itajaí onde são visitadas diversas  cervejarias.
Normalmente esses estabelecimentos tem um complexo de bar e restaurante para que os visitantes além de poderem visualizar parte do processo de produção e os equipamentos utilizados também tenham um local bem adequado para convívio.
Toda a estrutura que as Mega Cervejarias montam de mídia e incentivo ao consumo de seus produtos simplesmente se torna insignificante quando podemos ter o prazer de consumir um produto artesanal de boa qualidade e ainda falar com os proprietários e também produtores da cerveja, e isso seria completamente impossível com essas empresas transnacionais onde os donos são bancos e grandes especuladores do mercado financeiro que somente visam a rentabilidade e o lucro a qualquer preço.
É uma pena que quando alguma dessas começa a ganhar mercado frente a esses grandes grupos logo são compradas e absorvidas na sua estrutura de negócios como no caso da Eisenbahn de Blumenau SC, que foi comprada pela SCHIN que foi comprada pela mega empresa japonesa Kirin. Assim segue o rumo dos pequenos comércios que acabam dando certo e atraindo a cobiça dos especuladores do mercado de capitais loucos por encontrar uma boa presa para adquirir e aumentar os seus lucros.
No final do ano passado eu estive na cidade de Treze Tílias - SC e tive o prazer de visitar além da cidade toda, também fui na Cervejaria Bierbaum e fiquem encantado com o que me foi apresentado em termos de estrutura tanto para comer, beber e olhar. Está aí um local que recomendo para todos aqueles que forem a esta simpática cidade de colonização austríaca.

                                                                                     Cervejaria Bierbaum em Treze Tílias - SC  - Foto Paulo Coelho
                                              Estande Eisenbahn Oktoberfest 2014 Foto Paulo Coelho
                                         Estande Cervejaria Wunder Bier Oktoberfest 2014 - Foto Paulo Coelho

6 de julho de 2015

MARKETING PARA OS PEQUENOS COMÉRCIOS

As vezes anunciar pode ser a solução para boas vendas, mas os pequenos comércios que normalmente não tem uma estrutura de marketing por trás de seus negócios precisam entrar em uma espécie de acordo na hora de utilizar espaços cada vez menores para muitos se anunciarem ao mesmo tempo.
Ao invés de cada um colocar uma placa de qualquer tamanho, inclusive as vezes uma sobrepondo a outra quem sabe fazer um quadro onde seria inserido várias plaquinhas indicativas sobre o que tem em determinada galeria,  e junto um número de contato.
A foto abaixo representa um grande aglomerado de placas publicitárias em uma galeria de Florianópolis que poderia com um pouco de criatividade ter sua aparência um pouco melhorada.
                                                   Foto : Paulo Coelho - Galeria Rua Deodoro.

5 de julho de 2015

COMÉRCIO NO CENTRO HISTÓRICO DE FLORIANÓPOLIS

O comércio de Florianópolis, tem algumas peculiaridades que somente nos damos conta quando vamos visitar, como por exemplo ruas com comércios específicos como a rua Conselheiro Mafra que tem como seu forte atrativo, lojas mais voltadas ao consumo popular, já a Felipe Schmidt com seu calçadão já atende uma clientela um pouco mais diferenciada.
Agora a Rua Vidal Ramos que sofreu uma forte intervenção de melhorias junto com a padronização das placas de propaganda e também com bancos (para sentar mesmo) e cafés a céu aberto mais parece um Shopping ao ar livre. Como ficou linda aquela rua e a quantidade de pequenos comércios que lá tem, me faz pensar e acreditar que não precisamos de prédios sofisticados com dezenas de escadas rolantes para podermos fazer compras de uma forma moderna.
Acredito que os Shoppings Centers devam de ser repensados para manter um fluxo constante de pessoas em seus espaços super planejados com temperatura sempre igual e isolamento acústico perfeito. Eu tenho observado que em muitos locais desses a rotatividade de lojas é muito grande e também uma grande quantidade de lojas fechadas e em um Shopping mais específico corredores inteiros de lojas que já fecharam suas portas, com  isso a economia de pequenos empreendedores que foram induzidos à comprar ou alugar locais nesses estabelecimentos simplesmente evapora e nem sempre é por falta de planejamento ou entender do  negócio e sim acreditar que tudo em um só lugara atrai mais pessoas e com isso venderia mais.
Em vários locas do Brasil e do mundo tem se voltado par ao comércio local no próprio bairro ou muito próximo dele tem sido bastante valorizado. Me encanta aos olhos ao passar por um determinado bairro ou rua e notar varias portinhas abertas e ver que ali tem um dois ou mais empregos de pessoas que acreditam no comércio de uma forma mais intimista e personalizada coisa que os Shoppings Centers com suas lojas "Ancoras" não conseguem fornecer pois a rotatividade conforme já citada é enorme.
Deixo claro que não sou contra os Shoppings Centers, somente não acredito no seu modo de formatação e segmentação de público a longo prazo.
Eu acredito que os pequenos comércios melhoram as condições dos bairros pois o lucro acaba sendo reinvestido no próprio lugar quando um passa a comprar do outro e isso traz benefícios para todos.







Fotos de Paulo Coelho. Comércios no Centro Histórico de Florianópolis.

14 de junho de 2015

Pequenos Comércios em Pequenos Espaços

Nem sempre a máxima de que para vender bem é necessário um amplo espaço com salas de espera, ar condicionado, cafezinho e outras coisas do tipo para manter o cliente em seu estabelecimento.
Por todo o Brasil vemos locais de comércio popular com grande fluxo de pessoas que acabam garantindo boas vendas mesmo em locais muito reduzidos, vejamos um pequeno espaço que possa ser utilizado por cinco pequenas empresas pode oferecer um mix de produtos bem mais diversificados do que uma loja só, basta ter bom atendimento, qualidade nos produtos e atender também as necessidades da sua clientela com um preço justo.
Então antes de sair por aí vendo espaços em Shoppings que estão abrindo com falsas promessas de grande público e visibilidade quem sabe não seja melhor olhar o entorno do seu bairro se não tem um bom espaço para alugar ou mesmo readequar o espaço que possa estar sobrando na sua própria casa e abrir um negócio localmente. Isso não quer dizer que por ser conhecido no bairro já venha a ser o suficiente para boas vendas, é preciso estudar o que venha a ser escolha e tipo de comércio a abrir e também as necessidades locais bem como se o local também tem um bom fluxo de pessoas que possam ver que você existe, também é muito importante.
No vídeo que vou anexar extraído do Youtube dá para ver que em espaços muito reduzidos também podem funcionar e bem pequenas empresas.

https://www.youtube.com/watch?v=qb0M34poX38








13 de junho de 2015

UMA VENDA DAS ANTIGAS EM OLINDA

Hoje não vou me estender muito em textos locais e sim vou publicar um link sobre uma venda que desde 1969 funciona em Olinda-  Recife e que mantém todos os hábitos do bom comércio de bairro onde as pessoas se conhecem pelo nome e também marcam no caderninho o seu "fiadinho".
Esse tipo de comércio realmente para mim que fui criado dentro de um ambiente desses é muito fascinante.
Acesse o link :
http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/suplementos/jc-mais/noticia/2014/08/17/pequenos-comercios-de-bairro-se-reinventam-140705.php

7 de junho de 2015

MERCADO PÚBLICO DE FLORIANÓPOLIS

O Mercado Público de Florianópolis construído em 1898, tem sido por mais de um século um importante centro de comércio e de convivência na capital dos catarinenses, esse espaço já passou por diversas reformas e inclusive um grande incêndio em uma de suas alas, mas continua a atender os Florianopolitanos.
Atualmente uma de suas alas se encontra em um processo de reforma para logo após ser reaberto com um novo formato de negócios, muitas empresas que por mais de meio século ali estavam localizadas tiveram que deixar o espaço tendo em vista que uma licitação da Prefeitura Municipal de Florianópolis, criou novas normas e regras para o uso desse tradicional espaço público.
Nessa nova configuração por exemplo várias peixarias deixam de existir para entrar inclusive uma franqueada da rede de fast food Bob´s o que eu acho um absurdo, mas segundo a administração pública o local deve de ser "diversificado" mas poderia pensar um pouco mais no tradicional mesmo  tendo muitos boxes em cada ala.
Enfim mesmo com a evolução e expansão das cidades os mercados públicos ainda são pontos de encontros, compra e sociabilidade.
Na foto abaixo apresente o mercado de uma forma que com certeza deve de deixar saudade para muitos que conheceram Florianópolis antes da especulação imobiliária e diversos desastres administrativos que a cidade sofreu.
Foto Mercado Público data e autor desconhecido - Site Fotos antigas da grande Florianópolis.

1 de junho de 2015

POMBEIROS, UMA FORMA ANTIGA DE VENDER PRODUTOS.

Durante muito tempo o comércio de vários bens de consumo eram ofertados no centro da cidade ou de porta em porta por vendedores que tinham o nome ou quem sabe "apelido" de Pombeiros. 
Estes vendedores usavam uma vara sobre o ombro e nas extremidades eram pendurados os produtos que eles deveriam sair para vender diretamente aos seus fregueses, hoje com as modernas formas de fazer comércio como Shoppings Centers, Centros Comerciais Supermercados e mesmo até feiras mais ou menos sofisticadas o trabalho dos Pombeiros pode até parecer bizarro, mas foi de grande utilidade antes da modernização das cidades e consequentemente do seu modo de comercializar.


  Foto de autor desconhecido - Origem site fotos antigas da Grande Florianópolis

31 de maio de 2015

VENDAS E VENDEIROS O COMÉRCIO DOS PEQUENOS: CENTRINHO COMERCIAL DA GUARDA DO EMBAÚ

VENDAS E VENDEIROS O COMÉRCIO DOS PEQUENOS: CENTRINHO COMERCIAL DA GUARDA DO EMBAÚ: Hoje vou mostrar  algumas fotos do centrinho comercial da Praia da Guarda do Embaú, que ao meu ver em muito pouco tempo criou várias áreas  ...

CENTRINHO COMERCIAL DA GUARDA DO EMBAÚ

Hoje vou mostrar  algumas fotos do centrinho comercial da Praia da Guarda do Embaú, que ao meu ver em muito pouco tempo criou várias áreas  de consumo baseadas em pequenos comércios tendo seu ponto forte na venda de artesanato e alimentação.
Local muito bem organizado e bem acolhedor aos que lá se dirigem para curtir uma das mais belas praias do Brasil e quem sabe do Mundo.
Paulo Coelho

Fotos Sandra Coelho Guarda do Embaú 03-04-2015



BAR DO EVORI GUARDA DO EMBAU

Por muito tempo o Bar do Evori na Guarda do Embaú praia Paradisíaca e paraíso de surfistas de diversas partes do Brasil e do Mundo funcionou em em velho rancho de pescadores sem problema algum, porém o Ministério Publico diz que no rancho não pode ter o bar mas é permitido que tenha uma barraca horrorosa de lona na areia da praia.
Não vejo problema algum de o rancho servir de bar e isso criava um certa descontração e um ambiente de informalidade e mode simples de viver e ver a vida comendo em pastelzinho ou tomando uma cervejinha.
Com todo respeito a legislação e ao trabalho  do Ministério Público acredito que tem coisas que podem ser conciliadas com a comunidade e essa deveria de sempre que possível ser ouvida mesmo que minimamente.
Paulo Coelho
                                         Bar do Evori - Guarda do Embaú - 03-04-2015

30 de maio de 2015

VENDAS E VENDEIROS O COMÉRCIO DOS PEQUENOS: PORQUE VENDAS E VENDEIROS?

VENDAS E VENDEIROS O COMÉRCIO DOS PEQUENOS: PORQUE VENDAS E VENDEIROS?: O comércio desde muito cedo me fascina, e o comércio de Bairro com sua simplicidade e porque não dizer ousadia busca sobreviver no meio ou ...

PORQUE VENDAS E VENDEIROS?

O comércio desde muito cedo me fascina, e o comércio de Bairro com sua simplicidade e porque não dizer ousadia busca sobreviver no meio ou entorno de grandes redes mercadistas que investem milhões em publicidade para manter suas metas de vendas e com isso aumentar os lucros dos seus acionistas.
Desde muito cedo eu trabalhei e conviví dentro de uma Venda estabelecimento este que faz parte de todas as comunidades do nosso país, e inclusive é citado em diversas obras literárias a figura de seu proprietário ou seja o "vendeiro", Érico Veríssimo em seu romance O Tempo e o Vento, dá ao seu personagem principal o Capitão Rodrigo Cambará em um determinado momento do romance a função de vendeiro ao abrir uma venda em parceria com outra pessoa. Aluízio de Azevedo começa o seu livro O Cortiço falando de João Romão um assistente de vendeiro que acaba ficando com todos os bens de seu patrão por pagamento de dívidas desse com ele, e em muitos outros casos vemos a figura do vendeiros na nossa literatura.
Nas vendas podemos observar uma forma de convívio que vem se perdendo em várias comunidades pois os apelos dos modernos mercados, os shoppings centers e demais centros de compras tem contribuído para a extinção dessa atividade comercial.
Nas vendas se vendia de tudo o que qualquer comunidade pudesse a vir a precisar, desde alimentos até ferramentas das mais variadas especialidades, e também tinha e ainda encontramos a condição de vender a crédito ou fiado como popularmente é conhecido esse tipo de venda onde a relação é baseada na confiança entre vizinhos de bairro.
Não muito tempo atras o vendeiro era uma das pessoas mais importantes e solicitadas no bairro, porque era ele quem sabia dos problemas de cada pessoa em função do seu relacionamento interpessoal pois ao vender a crédito em confiança sem documentação ou outras garantias este acabava sendo um grande interlocutor também junto a comunidade.
Um dos principais vendeiros em que eu sempre vou me espelhar foi o meu PAI que com muito sacrifício veio do interior do estado e comprou uma venda em 1968 no bairro Prainha bem no meio do morro e naquela época não havia estradas, o que fazia com que todos os produtos fossem carregados de morro acima nas costas e isso foi assim até 1985 quando ele com muito pouco recurso público e pagando do seu próprio bolso e trabalho construiu uma via de acesso até a nossa venda.
Ser vendeiro na década de 1960 e 1970 ainda era conviver sem supermercados na cidade os que tinham estavam começando mas atendiam a um público mais específico deixando os "ranchos" ou seja compras para o mês todo serem feitos na venda mesmo. 
Então para dar início a uma série de publicações que pretendo fazer nesse espaço vou postar uma foto do Seu Antonio Coelho que para mim é o vendeiro dos vendeiros e nas próximas publicações vou trazer, fotos e fatos de diversos estabelecimentos comerciais e sobre o comércio em geral desde ambulantes a feirantes, sempre procurando valorizar os comércios locais e sua função social e lugar de sociabilidade.

                                          Antonio Coelho - 1940-2014